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Publicada em 25/01/23 às 09:21h
Janeiro Branco: cuidados com a saúde mental contribuem para o sucesso do tratamento de traumas físicos

Assessoria de Comunicação Social do HUGOL

O paciente João Paulo Bento da Silva conversa com psicóloga do Hugol  (Foto: Assessoria de Comunicação Social do HUGOL)
É final de tarde do dia 10 de dezembro de 2022, uma ambulância de
Aragarças, município do extremo oeste de Goiás, dá entrada no Hospital de
Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), dentro dela está o
operador de máquinas João Paulo Bento da Silva, de 37 anos, com 36% do
corpo queimado em um acidente.

João gosta de viver a vida e estar em lugares diferentes, ao ver-se em um leito
de UTI e sentindo fortes dores, desiste de viver e pede insistentemente que os
profissionais o deixem morrer. “Eu vivia pelo mundão, feliz e sossegado.
Quando eu descobri que eu estava com o corpo queimado me deu um
desespero imenso. Eu sentia dores e não tinha jeito de fazer nada, eu sentia
que havia acabado minha vida”, diz.

No Hugol, diariamente centenas de pessoas que sofreram acidentes
automotivos, queimaduras ou violência física grave, procuram a unidade de
saúde para atendimento, visto que o local é o maior hospital público em
urgência e emergência do estado de Goiás.

Segundo pesquisas da Pfizer, experiências ameaçadoras e risco de morte,
podem levar ao surgimento de vários transtornos psicológicos, entre eles o
estresse pós-traumático. De acordo com o estudo, além dos pacientes que
sofreram graves traumas físicos ou possuem diagnóstico de doença que
ameace a vida, os seus familiares também podem desenvolver o transtorno.
Para além do atendimento do trauma físico, é importante dar uma atenção
especial às condições psicológicas dos pacientes, para que eles possam
aceitar enfrentar o tratamento da maneira mais favorável possível.

Ana Thaísa é psicóloga do pronto atendimento do Hugol e segundo ela os
pacientes e familiares que chegam à unidade precisam ser acompanhados
pelos psicólogos e pela equipe de assistência social. “São inúmeras as
situações de urgência e emergência que ocorrem diariamente. Esses
pacientes, assim como qualquer pessoa que passe por um trauma severo,
precisam ser acolhidos e seus familiares também. Existem casos, como por
exemplo os de amputação, onde é importante a avaliação e a intervenção do
profissional de psicologia, junto à equipe médica, para que haja a compreensão
do paciente quanto à sua situação. Muitas vezes, precisamos fazer com que
este entenda que tal procedimento é importante para sua melhora. O suporte
psicológico precisa ocorrer desde a entrada na unidade, até a alta hospitalar,
assim diminuímos o risco deste paciente, ou familiar, adquirir transtorno de
estresse pós-traumático”, diz a profissional.

Katiane Chagas Pessoa é psicóloga do Centro de Referência de Queimados do
Hugol e diariamente atende pessoas que chegam com até 100% do corpo
queimado. Segundo ela, o paciente precisa estar bem psicologicamente para
evoluir no tratamento. “A queimadura dói muito fisicamente e as sequelas ficam
visíveis para toda vida. São situações podem ocasionar limitações, podendo
até fazer com que a pessoa afetada perca sua autonomia. Muitas vezes os
pacientes não se reconhecem no espelho, o que os deixam desnorteados. Isso
impacta no relacionamento com a família, os amigos, a vida profissional e a
vida social de forma geral. E quando o paciente está com seu lado psicológico
abalado, é muito difícil seguir o tratamento. Assim, para todos que passam por
situações similares, é necessária uma avaliação da complexidade emocional,
onde é relatado tudo o que o paciente tem vivido naquele período. Essa
avaliação é realizada todos os dias e notamos que, quando há interação
familiar, que passa pelo envolvimento e o apoio da família, a evolução do
paciente é notória”, afirma.

Graças ao incentivo das psicólogas, hoje João Paulo vê a vida com outros
olhos, mesmo tendo que amputar um dos braços. “Essa relação com as
psicólogas salvou minha vida. Se eu saísse do Hugol hoje eu gostaria de entrar
em um ônibus e passear pela cidade, descer em um terminal e continuar esse
meu passeio. Hoje eu me sinto vivo novamente!”, afirma. Ainda não há uma
previsão de alta hospitalar para o paciente, mas ele segue acompanhado pelas
psicólogas, que diariamente visita-o.

Janeiro Branco

O Janeiro Branco é um movimento social dedicado à construção de uma
cultura da Saúde Mental na humanidade. Segundo os pensadores do
movimento, foi escolhido o primeiro mês do ano, por essa época inspirar as
pessoas a fazerem reflexões acerca das suas vidas, das suas relações, dos
sentidos que possuem, dos passados que viveram e dos objetivos que desejam
alcançar no ano que se inicia.

Hugol

O Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), unidade
da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), prioriza o bem-estar
físico dos pacientes que por diversas ocasiões necessitam de um atendimento
de urgência. Ao garantir a excelência no atendimento, o Hugol possui uma
equipe com 31 psicólogos e 2 assistentes sociais, que diuturnamente estão à
disposição para garantir a integridade mental dos pacientes e familiares.



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