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Publicada em 31/03/23 às 18:14h
Alimentação saudável
No dia dedicado à Saúde e Nutrição, especialistas alertam para a importância de bons hábitos alimentares e de práticas esportivas, que ajudam a prevenir doenças como a obesidade, que vem crescendo no País.

Assembleia de Notícias - ALEGO

 (Foto: ALEGO )

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a alimentação pouco saudável aliada à falta de atividade física, são as principais causas de doenças não transmissíveis mais importantes, como as cardiovasculares, o diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer, e contribuem substancialmente para a carga mundial de morbidade, mortalidade e incapacidade.

Para chamar a atenção da população sobre as práticas nutricionais e a importância de políticas públicas de prevenção, como a redução de sal e açúcar e mudanças na rotulagem dos alimentos, o Ministério da Saúde estabeleceu, no seu calendário oficial, o 31 de março, como Dia da Saúde e da Nutrição.

Essa preocupação das autoridades não é por acaso. Os números relativos à influência dos hábitos alimentares sobre a saúde dos brasileiros mostram um cenário, um tanto assustador, especialmente em relação às crianças. Segundo uma pesquisa do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, feito a partir de indicadores de 2019, portanto antes da pandemia de covid-19, mostrou que um quinto das crianças brasileiras estão com risco de sobrepeso.

Os dados integram um levantamento inédito feito a pedido do Ministério da Saúde, com crianças e mães de todos os estados brasileiros e Distrito Federal e divulgado no ano passado. Outro dado ainda mais alarmante da pesquisa revelou que 10% das crianças de até 5 anos estão com excesso de peso, sendo que 7%, com sobrepeso e 3%, já em estágio de obesidade.

Se for levado em conta que os dados são do período pré-pandêmico, podemos considerar que hoje a situação está ainda mais crítica, já que durante o isolamento, a rotina de atividades físicas e de alimentação foram afetadas.

Mas essa realidade não é de hoje.  O excesso de peso em crianças no Brasil vem aumentando, gradativamente. Em 13 anos o índice deu um salto 6,6%, em 2006, para os 10% em 2019. E se as crianças estão acima do peso ideal é um sinal de que o resto da família também sofre com o problema. O estudo mostrou que 58,5% das mães biológicas de crianças de até cinco anos estão acima do peso. Em 2006, esse índice era de 43%. 32,2% já são estão na classificação de obesidade e 26,3% com sobrepeso.

O crescimento no número de crianças e adultos acima do peso ideal está diretamente relacionada às mudanças nos hábitos alimentares do brasileiro. Segundo um estudo sobre o perfil de consumidores, divulgado pela Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), feito pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP), nos últimos dez anos, o consumo de alimentos ultraprocessados no país teve aumento médio de 5,5%. Esse aumento confirma outras pesquisas que avaliaram as compras das famílias brasileiras desde a década de 1980, mostrando que o aumento na aquisição desses alimentos vem ocorrendo gradativamente há muitas décadas.

Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira – Promovendo a Alimentação Saudável, do Ministério da Saúde, os alimentos ultraprocessados têm composição nutricional desbalanceada. Além disso, os ingredientes principais desses alimentos fazem com que, com frequência, eles sejam ricos em gorduras ou açúcares e, muitas vezes, simultaneamente ricos em gorduras e açúcares. É comum que apresentem alto teor de sódio e são frequentemente fabricados com gorduras que resistem à oxidação, mas que tendem a obstruir as artérias que conduzem o sangue dentro do nosso corpo. Usualmente, esses alimentos contêm pouco ou nenhum alimento inteiro em sua composição.

A nutricionista Mônica Beyruti explica que já está comprovado que o alto consumo de alimentos ultraprocessados está diretamente associado ao risco aumentado de muitas doenças, como as cardiovasculares, a obesidade e a síndrome metabólica. Ela entende que a ingestão exagerada desse tipo de alimentos é ainda mais preocupante que o baixo consumo de produtos saudáveis, como as frutas e verduras. “Comer pouca frutas e verduras também pode trazer prejuízos à saúde, mas em menor grau. Porque se é uma pessoa que come pouco, mas consegue ter, dentro disso, uma dieta equilibrada, obrigatoriamente, ela vai ter menos prejuízos para a saúde do que aquela que ingere muito alimento ultraprocessado”, orienta.

De acordo com a profissional, a mudança nos hábitos alimentares experimentada pelos brasileiros, nas últimas décadas, em função do ritmo de vida, influenciou negativamente a saúde. Ela ensina que a combinação arroz e feijão, mistura presente em, praticamente, todos os lares brasileiros, até há algum tempo, é rica em nutrientes, em fibras e proteínas vegetais. Além disso, o país produz uma gama de frutas e verduras, que se consumidas regularmente, daria, ao brasileiro, uma alimentação ideal.

Com a substituição do arroz e feijão, em muitas refeições, por esses alimentos ultraprocessados, a saúde piorou. “Hoje a gente vê a alimentação do brasileiro está desequilibrada. 30% do valor calórico da alimentação total do brasileiro já provem de alimentos ultraprocessados, o salgado, o salgadinho de saquinho. E isso é muito ruim porque impacta diretamente na saúde”.

Mesmo com o ritmo de vida acelerado, a nutricionista orienta que é preciso buscar formas de ter uma alimentação mais equilibrada. Ela dá algumas ideias para quem trabalha o dia todo e não tem tempo de preparar o alimento. Uma opção é cozinhar no dia de folga e congelar as porções que podem ser utilizadas durante a semana, na velha e boa marmita. E para quem “come na rua”, ela orienta a preferir um restaurante, que serve refeições a uma lanchonete, onde a pessoa vai consumir um salgado ou outro alimento do tipo.

Além disso, na hora do lanche, também optar por alimentos saudáveis. “Carrega fruta. Carrega laranja cortada, banana, que não são frutas caras. Então, acredito que o segredo é se programar e se organizar”, ensina Mônica Beyruti.

Você é o que você come?

Apesar da estreita relação entre alimentação e saúde, a nutricionista rechaça essa sentença. Ela explica que vários outros fatores influenciam na manutenção de uma vida saudável. “Não é uma afirmação correta. Você é reflexo de uma somatória de pontos, por exemplo, o que você come, se você se exercita, se você é submetido a muito estresse no dia a dia e como você lida com isso, se você tem uma boa noite de sono. Você é muito mais reflexo de como você lida com algumas situações”, afirma.

A nutricionista também chama a atenção para o que ela chama de terrorismo nutricional, ou seja, a demonização completa de alguns alimentos. Segundo ela, tudo é permitido, até mesmo os ultraprocessados, desde que seja com bom senso, com moderação. Pizzas, sanduíches, tortas e sorvetes se enquadram nessa categoria.

E no dia a dia, a receita é simples e conhecida por todos. Respeitando sua cultura alimentar, consumir alimentos saudáveis, sempre buscando também agradar o paladar, para que a alimentação seja um momento de prazer, o que vai ajudar bastante. “Procure variar alimentos de cores diferentes. Tente comer verduras e legumes, se você não gosta cru, come cozido. Se verduras e legumes, não vai de jeito nenhum, tentar comer mais frutas. Consumir proteínas, frango, peixe, ovo, leite, queijo, desde que sejam magros. Comer grãos, que são ricos em carboidratos complexos, em fibras, em vitaminas. Comer alimentos frescos com mais frequência, o nosso arroz e feijão de todo dia. Em resumo, aquela máxima: descascar mais e desembrulhar menos”, finaliza.




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